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ENTREVISTA: Intolerância religiosa – liberdade e diálogo para a transformação

Ontem (21) foi celebrado o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. A data foi instituída pela Lei 11.635, de 27 de dezembro de 2007, para combater atitudes de discriminação sobre as diversas crenças religiosas.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Humano (MDH), entre 2015 e 1º/2017, o Brasil registrou uma denúncia de intolerância religiosa a cada 15 horas. O tema é uma importante pauta social e tem sido debatido por populações de todo o mundo, desde as redes sociais até as grandes cúpulas de líderes globais.

Joaquim Alberto Andrade, supervisor de Pastoralidade da UBEC. "Os espaços educativos são propícios para a prática do diálogo e do respeito às diferentes crenças."
Joaquim Alberto Andrade, supervisor de Pastoralidade da UBEC. “Os espaços educativos são propícios para a prática do diálogo e do respeito às diferentes crenças.”

Em seu compromisso com a Educação cristã, a União Brasileira de Educação Católica (UBEC) compreende e fomenta os espaços educativos como lugares propícios ao diálogo inter-religioso. Em entrevista, o supervisor de Pastoralidade do grupo, Joaquim Alberto Andrade, comenta o assunto.

Qual a contribuição da Educação Católica para combater a intolerância religiosa?

Jesus Cristo anunciou a vida, e vida em plenitude. Anunciou também que devemos amar a todos como Deus nos ama. Neste sentido, a educação católica como instrumento de evangelização é chamada a fomentar, por meio de processos educativos, a vida, o diálogo e o respeito com o diferente sem distinção de raça, cor, credo, cultura.

O Documento de Aparecida aponta que o “diálogo inter-religioso, possui além do caráter teológico, um especial significado na construção da nova humanidade: abre caminhos inéditos de testemunho cristão, promove a liberdade e dignidade dos povos, estimula a colaboração para o bem comum, supera a violência motivada por atitudes religiosas fundamentalistas, educa para a paz e para a convivência cidadã: é um campo de bem-aventuranças”.

Como as ações de Pastoralidade da UBEC conversam com esse tema?

A UBEC, como instituição católica, tem desenvolvido ações que fomentam o diálogo inter-religioso, estabelecendo conexão com expressões religiosas não cristãs e a vivência do ecumenismo em suas práticas cotidianas.

Os espaços educativos são lugares propícios para a prática do diálogo e do respeito às diferentes crenças. São ambientes onde a diversidade e pluralidade social e religiosa pulsam forte, favorecendo ações de convivência com o diferente, seja ele uma pessoa, uma crença, cultura ou escolha.

No desejo de responder aos apelos da Igreja, do próprio Papa Francisco, e por acreditar que dialogar com o diferente é intrínseco ao ser cristão, a UBEC inclui em suas Diretrizes de Pastoralidade a importância do diálogo intercultural e com o diferente, de buscarmos excelência e qualidade em nossas ações e relações.

As Diretrizes apontam ainda que “para a UBEC, sobretudo nos dias atuais, em que no mundo avançam-se sinais de intolerâncias, educar para conviver com o diferente e para o diálogo intercultural se torna compromisso institucional”.

Sobre a intolerância presente no dia-a-dia, nas redes sociais e até mesmo nas escolas, como promover a transformação?

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Como seres humanos, precisamos respeitar o outro na sua individualidade. Contribuir para uma sociedade mais justa, fraterna e pacífica. Devemos favorecer que todas as pessoas sejam livres. Nelson Mandela nos inspira: “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros. ”

Como cristãos, inspirados em Jesus e motivados pelo Papa Francisco, somos todos chamados a sermos pontes e não muros. A derrubar os muros existentes nas relações humanas e construir pontes que favoreçam o diálogo, o respeito a tolerância. A combater e denunciar toda forma de discriminação, intolerância e desrespeito.

As nossas ações, de modo efetivo no meio social em que vivemos, seja pela internet ou com as pessoas que convivemos, devem ser ações que promovam a compreensão mútua, o compromisso comum com a dignidade humana, a paz e o respeito à vida.

Clique aqui para assistir ao vídeo do Vaticano sobre o tema.

Maria Carolina Santana

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