A Católica EAD, esteve reunida nesta quarta-feira (7) com o Ministério da Educação em uma missão da OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. O objetivo foi contribuir com o levantamento sobre a avaliação de qualidade do ensino superior brasileiro (Quality Assurance of Higher Education in Brazil).
A convite do MEC e OCDE, a Unidade de Missão da União Brasileira de Educação Católica (UBEC) integra o diálogo sobre o referido levantamento, que vai examinar aspectos regulatórios e analíticos da garantia de qualidade e os impactos nacionais desse sistema.
Os diálogos acontecem com diferentes setores da sociedade e atores da educação. Representando a Católica EAD, a Coordenadora de Processos Acadêmicos, prof. Fernanda Matos Ribeiro, e o Diretor Geral, prof. Bruno Barreto, abordaram os instrumentos de avaliação do MEC, os principais gargalos e a visão institucional sobre a questão regulatória.
Uma única régua para um país gigante
“Temos um país de escala continental onde a diversidade territorial fica à margem. Com uma única régua de corte, de avaliação e de sistemas para todo o Brasil, a flexibilidade das matrizes curriculares, a inovação e as possibilidades de buscar coisas fora da caixa ficam comprometidas”, afirma o diretor Bruno Barreto.
Ele também destacou que dentro da diversidade nacional existem as diferentes organizações acadêmicas: Universidade, Faculdade e Centro Universitário e, na maioria das vezes, a régua para avaliação e qualidade é a mesma.
“Além de pensarmos na melhoria e na excelência acadêmica, precisamos pensar nas diferenças e especificidades regionais, na flexibilidade, na autonomia das instituições de ensino para que possam fazer currículos realmente inovadores e voltados às demandas de mercado”, completa.
Prof. Bruno Barreto explica ainda que, “com o alto nível de exigências, muitas instituições acabam voltando seus cursos para atender apenas a regulação e não as expectativas dos estudantes. Perde a sociedade e também toda a comunidade acadêmica”.
O Censo da Educação Superior, realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgou que em 2016, quase 3 milhões de alunos ingressaram em cursos de educação superior de graduação, dos quais 82,3% em instituições privadas.
A qualidade da EAD
O censo da EAD 2016/2017, realizado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED), indica que entre 2011 e 2015 a oferta de cursos na modalidade cresceu 51%. Leia mais aqui
No diálogo com MEC e OCDE, o diretor Bruno Barreto abordou também a preocupação com a qualidade do ensino a distância brasileiro, destacando o crescimento desenfreado dos polos pelo país.
“Sem avaliação do MEC para autorizar a abertura de polos, muitos deles podem ser construídos de forma bastante precária, o que vai refletir na qualidade do ensino superior do país no futuro”, conclui.
Maria Carolina Santana